Saudações açucaradas para as bandidas
A pergunta que se impõe é: qual seria o motivo de tanta felicidade? Realmente, às vezes, a felicidade se encontra no singelo. Acordar em plena capital de Goiás e se deparar com o céu nubladissimo, cinza até onde a vista alcança, não tem preço. Sempre me questiono se, geograficamente falando, nasci no lugar certo. Nada mais distante pra mim que a ode às nossas praias, nosso Rio 40 graus e nossas garotas de Ipanema.
Não me considero uma Heliofóbica (pânico do sol/luz); é só que ele me deprime. Um dia cinza com seu ar blasé meio melancólico e impessoal, inspira atividades que uma atmosfera brilhante não permitiria.
Exemplo 1: como realizar a leitura de um bom livro se sua bunda (não encontrei termo menos chulo para descrever minha indignação) está literalmente pregando na cadeira; suor para todos os lados. Impossível.
Exemplo 2: como sair a pé pela cidade, ver-se livre de carros e demais automóveis se o sol com toda a sua estupidez ( que só um goiano conhece bem) te agride.
E, para finalizar minha defesa do cinza como a cor da felicidade, meu querido Exemplo 3: como beber nosso amado pretinho, que desde a época do Brasil Império é conhecido como ouro negro, riqueza da nossa nação, apreciado nacional e internacionalmente e, acompanhante de agradáveis momentos onde o bom papo flui em sua companhia.? Definitivamente cafezinho e sol rachando mamona são grandezas inversamente proporcionais.
Espero não ser considerado a herege defensora do cinza em um país tropical!!
Beijos
Beijos
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